Um recente estudo divulgado pela União Metropolitana ecoa um alerta urgente para a saúde pública mundial: a vacinação infantil está em declínio global. Essa tendência preocupante, intensificada após a pandemia de COVID-19, expõe milhões de crianças ao risco de contrair doenças infecciosas que já haviam sido controladas ou até mesmo erradicadas em diversas partes do planeta.
A pesquisa aponta para uma combinação de fatores que contribuem para essa queda na cobertura vacinal. As persistentes desigualdades globais no acesso à saúde, os desafios logísticos impostos pela pandemia, a crescente disseminação de informações equivocadas sobre vacinas e a hesitação vacinal por parte de alguns pais são elementos cruciais que enfraqueceram os programas de imunização em escala mundial, conforme destaca a Agência Brasil.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a vacinação salva de 2 a 3 milhões de vidas por ano no mundo. Doenças como a poliomielite, o sarampo, a difteria e o tétano, que historicamente causaram epidemias devastadoras, foram controladas ou erradicadas em muitas regiões graças à imunização em massa. No entanto, a baixa adesão às campanhas de vacinação nos últimos anos acende um alerta vermelho para o possível ressurgimento dessas enfermidades.
A queda na cobertura vacinal enfraquece a chamada “imunidade de rebanho”, que protege até mesmo aqueles que não podem ser vacinados, como bebês muito jovens ou pessoas com certas condições de saúde. Com menos pessoas imunizadas, o vírus ou bactéria encontra mais hospedeiros suscetíveis, facilitando a propagação de surtos e epidemias. O Instituto Butantan adverte que doenças como a poliomielite, rubéola e difteria podem ressurgir devido à baixa cobertura vacinal.
No Brasil, o Ministério da Saúde mantém um calendário de vacinação infantil completo e gratuito, disponível em todas as unidades básicas de saúde. É fundamental que pais e responsáveis estejam atentos às datas e levem seus filhos para receber todas as doses recomendadas, garantindo a proteção individual e coletiva.
Reverter a queda na vacinação infantil é um desafio urgente que exige um esforço conjunto de governos, profissionais de saúde, instituições de ensino e da sociedade em geral. É crucial combater a desinformação, promover a importância da vacinação com informações claras e confiáveis, e garantir o acesso facilitado aos serviços de imunização para todas as crianças, independentemente de sua localização ou condição social. A saúde das futuras gerações depende dessa mobilização.