A Justiça do Rio de Janeiro determinou a internação provisória, pelo prazo de 45 dias, para o adolescente de 14 anos que confessou ter assassinado seus pais e seu irmão de apenas 3 anos em sua residência em Itaperuna, no Noroeste Fluminense. A decisão judicial, divulgada recentemente, visa acompanhar o jovem e realizar avaliações multidisciplinares sobre o caso que abalou a comunidade local e ganhou repercussão nacional.
O crime, que veio à tona após vizinhos notarem um forte odor vindo da casa da família, revelou um cenário de violência extrema. Os corpos das vítimas foram encontrados dentro de uma cisterna, e o adolescente, confrontado pelas autoridades, admitiu a autoria do triplo homicídio e da ocultação dos cadáveres.
Segundo as investigações policiais, a motivação do ato trágico estaria ligada à desaprovação dos pais em relação a um relacionamento virtual que o adolescente mantinha e à sua intenção de viajar para encontrar essa pessoa. A situação teria escalado até culminar na fatalidade. Informações apuradas pela polícia indicam que o jovem pesquisou na internet como sacar o FGTS do pai, que teria um valor considerável a receber.
A decisão de internação provisória, conforme previsto pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), busca garantir a segurança do próprio adolescente e da sociedade, além de possibilitar uma análise mais aprofundada de seu estado psicológico e das circunstâncias que o levaram a cometer o crime. Durante o período de internação, o jovem deverá passar por avaliações psicossociais que auxiliarão na compreensão dos fatores envolvidos na tragédia e na definição das medidas socioeducativas mais adequadas ao caso.
A comunidade de Itaperuna permanece consternada com o ocorrido. As autoridades seguem investigando o caso para esclarecer todos os detalhes e possíveis nuances que possam ter contribuído para essa terrível ocorrência. A expectativa é que a internação provisória do adolescente seja o primeiro passo para uma análise completa do caso, buscando tanto a responsabilização pelo ato infracional quanto a compreensão das complexas questões que envolvem a violência familiar e o bem-estar de crianças e adolescentes.