Um episódio inusitado movimentou o mundo das criptomoedas e a política paraguaia nesta segunda-feira (9). A conta oficial do presidente do Paraguai, Santiago Peña, na plataforma X (antigo Twitter), foi alvo de hackers que publicaram uma informação falsa afirmando que o país havia adotado o Bitcoin como moeda legal. A postagem, que chegou a mencionar a criação de uma reserva de US$ 5 milhões em Bitcoin, causou confusão e gerou manchetes em diversos veículos de comunicação.
A notícia da suposta adoção do Bitcoin pelo Paraguai pegou muitos de surpresa, já que o presidente Peña não havia demonstrado publicamente apoio a essa medida anteriormente. Sua administração tem adotado uma postura cautelosa em relação à regulamentação de criptoativos, embora o país seja conhecido por abrigar atividades de mineração de Bitcoin devido ao seu excedente de energia hidrelétrica.
Diante da repercussão da publicação, o governo paraguaio agiu rapidamente para desmentir a informação. Em um comunicado oficial, a presidência alertou sobre uma “atividade irregular” na conta do presidente Peña e pediu aos cidadãos para desconsiderarem qualquer conteúdo publicado recentemente que não fosse proveniente de canais oficiais do governo.
A postagem falsa foi posteriormente removida da conta de Santiago Peña, e as autoridades paraguaias informaram que estão trabalhando em conjunto com a plataforma X para esclarecer a situação e investigar a origem do ataque hacker. O incidente serve como um lembrete da importância da segurança cibernética, especialmente para figuras públicas e órgãos governamentais, e da necessidade de cautela ao consumir informações nas redes sociais, principalmente no volátil mercado de criptomoedas.
Embora o Paraguai não tenha adotado o Bitcoin como moeda legal, o episódio levanta discussões sobre o crescente interesse de países da América Latina pelo universo cripto e o potencial impacto que essas tecnologias podem ter nas economias da região. No entanto, até o momento, a falsa notícia sobre o Paraguai reforça a importância de buscar sempre fontes confiáveis e canais oficiais para obter informações precisas e evitar a propagação de desinformação.