O Paraná se mantém vigilante contra o sarampo, doença altamente contagiosa que, apesar de não registrar casos desde 2020, acendeu um alerta com a recente confirmação em estados como Rio de Janeiro, Distrito Federal, São Paulo e Rio Grande do Sul. Diante desse cenário, a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) reforça a crucial importância da vacinação como principal estratégia para proteger a população paranaense.
Embora as autoridades de saúde investiguem se os casos confirmados em outros estados são importados, a alta capacidade de transmissão do sarampo, que ocorre pelo contato direto com secreções de pessoas infectadas ao tossir, espirrar, falar ou respirar, exige atenção redobrada. O próprio ar pode carregar as partículas virais por horas, facilitando a disseminação da doença. “Precisamos manter a nossa vigilância em saúde atenta, focada, e reforçar a vacinação, não apenas de crianças, mas também adolescentes e adultos, para não deixar que o vírus do sarampo volte a circular no Paraná”, enfatiza o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Ações Preventivas em Curso: Foco nas Fronteiras e Ampliação da Imunização
A Sesa não tem medido esforços para evitar a reintrodução do sarampo no estado. Uma das medidas prioritárias é a intensificação da vacinação nos municípios que fazem divisa com São Paulo, estado que também confirmou casos recentemente. A imunização é direcionada especialmente para trabalhadores de postos de combustíveis, hotéis e outros serviços que mantêm contato direto com pessoas vindas do estado vizinho, formando uma barreira de proteção crucial.
Além disso, a Secretaria solicitou ao Ministério da Saúde um reforço no envio de doses de vacina para ampliar ainda mais a campanha de imunização. O objetivo é claro: “Queremos imunizar todas as pessoas que tenham tomado a vacina há mais de dez anos, para reforçar essa vacinação e garantir que os paranaenses fiquem protegidos”, complementa o secretário Beto Preto.
O governo estadual também está fortalecendo a vigilância em saúde nos municípios com um novo repasse de R$ 50 milhões, recurso que auxiliará nas ações de prevenção e controle de diversas doenças, incluindo o sarampo.
Quem Precisa se Vacinar e Quais as Vacinas Disponíveis?
A imunização contra o sarampo é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e está disponível em duas formas: a tríplice viral (que protege contra sarampo, caxumba e rubéola) e a tetraviral (que também inclui a varicela).
- A tríplice viral é indicada para pessoas com idade entre 12 meses e 59 anos.
- A tetraviral é recomendada para crianças a partir de 15 meses de idade.
O esquema vacinal completo prevê duas doses da vacina até os 29 anos de idade e uma dose para pessoas entre 30 e 59 anos. Uma atenção especial é dada aos profissionais de saúde, que, independentemente da idade, devem receber duas doses da vacina para garantir sua proteção e a segurança dos pacientes.
Paraná Reforça a Imunização com “Dia D” e Campanha nas Escolas
O Paraná tem demonstrado um bom índice de cobertura vacinal contra o sarampo, com 100% das crianças recebendo a primeira dose da tríplice viral e 88,13% a segunda dose no último ano. Em 2025, os números iniciais indicam 110% para a primeira dose e 75% para a segunda. No entanto, a Sesa busca intensificar ainda mais a proteção.
Para isso, a vacinação será reforçada no Dia D de Multivacinação, em 10 de maio. Além disso, a Secretaria de Saúde está realizando uma campanha de vacinação nas escolas, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação, facilitando o acesso à imunização para crianças e adolescentes.
Fique Atento aos Sintomas e Procure Ajuda Médica
A Sesa orienta os municípios a intensificarem a busca ativa por pessoas entre 12 meses e 59 anos que estejam com a vacinação pendente ou incompleta, incentivando a atualização do cartão de vacinação conforme o Calendário Nacional de Vacinação. As doses estão disponíveis em todas as cidades do Paraná.
É fundamental que tanto os profissionais de saúde da rede pública e privada quanto a população em geral estejam atentos aos sintomas do sarampo, que incluem:
- Febre alta
- Exantema (manchas avermelhadas na pele que surgem inicialmente no rosto e atrás das orelhas, espalhando-se pelo corpo)
- Tosse
- Coriza
- Conjuntivite (olhos vermelhos e lacrimejando)
Outros sintomas como dor de cabeça, indisposição e diarreia também podem ocorrer. Em caso de suspeita, é crucial procurar imediatamente um serviço de saúde para avaliação e diagnóstico. Como não existe um tratamento específico para o sarampo, o acompanhamento médico é essencial, e o paciente deve permanecer em isolamento por cinco dias após o aparecimento das manchas vermelhas para evitar a transmissão da doença.
A mensagem da Sesa é clara: a vacinação é a forma mais eficaz de proteger o Paraná contra o sarampo. Mantenha sua carteira de vacinação atualizada e contribua para que o estado continue livre dessa doença.