O Monitor de Secas de abril, divulgado pela Agência Nacional de Águas (ANA), acende um sinal de alerta para o Paraná: a estiagem se intensificou nas regiões Sudoeste e extremo Oeste do estado durante o mês de abril. A persistência de chuvas abaixo da média elevou o nível de seca moderada nessas áreas, demandando atenção de autoridades e produtores rurais.
A informação, corroborada por dados do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) e do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR Paraná), revela um cenário preocupante para o oeste e sudoeste paranaense. Enquanto outras regiões do estado podem ter apresentado alguma variabilidade pluviométrica em períodos anteriores, as áreas em questão enfrentaram um abril com precipitações insuficientes para reverter a tendência de seca que já se manifestava desde o início do ano.
De acordo com o Monitor de Secas, ferramenta que acompanha a evolução da seca em todo o Brasil, a situação mais crítica se concentra nas cidades localizadas nos arredores de Pato Branco, Foz do Iguaçu e Francisco Beltrão. Essa intensificação da seca moderada pode trazer impactos significativos para o agronegócio, uma das principais atividades econômicas dessas regiões, afetando lavouras, pastagens e a disponibilidade de água para a produção.
Além do setor agrícola, o agravamento da estiagem também levanta preocupações em relação ao abastecimento de água para a população em algumas localidades. A falta de chuvas prolongada pode reduzir o nível de rios e reservatórios, exigindo um uso ainda mais consciente dos recursos hídricos e, em alguns casos, a adoção de medidas de racionamento.
O IDR Paraná já havia apontado, em seus boletins agrometeorológicos, que o ano de 2025 começou com seca em todo o território paranaense. Embora as chuvas tenham se normalizado em grande parte do estado na segunda quinzena de janeiro, o Noroeste e o Oeste continuaram registrando baixos volumes de precipitação. O cenário de abril, portanto, representa uma continuidade e até mesmo uma piora dessa condição para o Sudoeste e o extremo Oeste.
Diante desse quadro, o monitoramento constante da situação hídrica e a adoção de práticas de uso eficiente da água tornam-se ainda mais importantes. A expectativa é que as autoridades competentes e os produtores rurais busquem alternativas para mitigar os efeitos da seca e garantir o abastecimento e a produção nas regiões afetadas.